quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Barra Nova Escola


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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Os novos espaços de atuação do educador com as tecnologias

 Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
Autor do livro: A educação que desejamos novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007.
Texto publicado nos anais do 12º Endipe – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, in ROMANOWSKI, Joana Paulin et al (Orgs).Conhecimento local e conhecimento universal: Diversidade, mídias e tecnologias na educação. vol 2, Curitiba, Champagnat, 2004, páginas 245-253 - jmmoran@usp.br
Resumo
 A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula melhor equipada e com atividades diferentes. Em alguns momentos o professor leva seus alunos ao laboratório conectado à Internet para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio das tecnologias (segundo espaço). Estas atividades se ampliam a distância, nosambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet, o que permite diminuir o número de aulas e continuar aprendendo juntos a distância (terceiro espaço). Os cursos precisam prever espaços e tempos de contato com a realidade, de experimentação e de inserção em ambientes profissionais e informais em todas as matérias e ao longo de todos os anos (quarto espaço). Uma das tarefas mais importantes das universidades, escolas e secretarias de educação hoje é planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual e como integrar de forma criativa e inovadora esses espaços e tempos.
 Palavras-chave: Novas tecnologias, educação, ensino superior, didática
Uma das reclamações generalizadas de escolas e universidades é de que os alunos não agüentam mais nossa forma de dar aula. Os alunos reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, da rigidez dos horários, da distância entre o conteúdo das aulas e a vida.
Colocamos tecnologias na universidade e nas escolas, mas, em geral, para continuar fazendo o de sempre – o professor falando e o aluno ouvindo – com um verniz de modernidade. As tecnologias são utilizadas mais para ilustrar o conteúdo do professor do que para criar novos desafios didáticos.
O cinema, o rádio, a televisão trouxeram desafios, novos conteúdos, histórias, linguagens. Esperavam-se muitas mudanças na educação, mas as mídias sempre foram incorporadas marginalmente. A aula continuou predominantemente oral e escrita, com pitadas de audiovisual, como ilustração. Alguns professores utilizavam vídeos, filmes, em geral como ilustração do conteúdo, como complemento. Eles não modificavam substancialmente o ensinar e o aprender, davam um verniz de novidade, de mudança, mas era mais na embalagem.
O computador trouxe uma série de novidades, de fazer mais rápido, mais fácil. Mas durante anos continuo sendo utilizado mais como uma ferramenta de apoio ao professor e ao aluno. As atividades principais ainda estavam focadas na fala do professor e na relação com os textos escritos.
Hoje, com a Internet e a fantástica evolução tecnológica, podemos aprender de muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes. A sociedade como um todo é um espaço privilegiado de aprendizagem. Mas ainda é a escola a organizadora e certificadora principal do processo de ensino-aprendizagem.
Ensinar e aprender estão sendo desafiados como nunca antes. Há informações demais, múltiplas fontes, visões diferentes de mundo. Educar hoje é mais complexo porque a sociedade também é mais complexa e também o são as competências necessárias. As tecnologias começam a estar um pouco mais ao alcance do estudante e do professor. Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os alunos, a orientar atividades, a definir o que vale a pena fazer para aprender, juntos ou separados.
Com a Internet e outras tecnologias surgem novas possibilidades de organização das aulas dentro e fora da Universidade. Podemos ter uma parte das aulas de forma virtual ou freqüentar cursos a distância. Como uma universidade e seus professores podem se organizar para  estas mudanças inevitáveis, da forma mais adequada, equilibrada e coerente? Por onde começar e continuar?
 A sala de aula é o espaço privilegiado quando pensamos em escola, em aprendizagem. Esta nos remete a um professor na nossa frente, a muitos alunos sentados em cadeiras olhando para o professor, uma mesa, um quadro negro e, às vezes, um vídeo ou computador.
Com a Internet e as redes de comunicação em tempo real, surgem novos espaços importantes para o processo de ensino-aprendizagem, que modificam e ampliam o que fazíamos na sala de aula.
Abrem-se novos campos na educação on-line, através da Internet, principalmente na educação a distância.  Mas também na educação presencial a chegada da Internet está trazendo novos desafios para a sala de aula, tanto tecnológicos como pedagógicos.
O professor, em qualquer curso presencial, precisa hoje aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se ampliam e complementam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.
Antes o professor só se preocupava com o aluno em sala de aula. Agora, continua com o aluno no laboratório (organizando a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento das práticas, dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto entre a teoria e a prática).
Antes o professor se restringia ao espaço da sala de aula. Agora precisa aprender a gerenciar também atividades a distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso fazendo parte da carga horária da sua disciplina, estando visível na grade curricular, flexibilizando o tempo de estada em aula e incrementando outros espaços e tempos de aprendizagem.
Educar com qualidade implica em ter acesso e competência para organizar e gerenciar as atividades didáticas em, pelo menos, quatro espaços:


1. Uma nova sala de aula
A sala de aula será, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada, um espaço importante, mas que se combina com outros espaços para ampliar as possibilidades de atividades de aprendizagem.
O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade?
Precisa fundamentalmente de professores bem preparados, motivados, e bem remunerados e com formação pedagógica atualizada. Isso é incontestável.
Precisa também de salas confortáveis, com boa acústica e tecnologias, das simples até as sofisticadas. Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD e, no mínimo, um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo real pelo professor ou pelos alunos, quando necessário.
Um computador em sala com projetor multimídia são recursos necessários, embora ainda caros, para oferecer condições dignas de pesquisa e apresentação de trabalhos a professores e alunos. São poucos os cursos até agora bem equipados, mas, se queremos educação de qualidade, uma boa infra-estrutura torna-se cada vez mais necessária. 
Um projetor multimídia com acesso a Internet permite que o professores e alunos mostrem simulações virtuais, vídeos, jogos, materiais em CD, DVD, páginas WEB ao vivo. Serve como apoio ao professor, mas também para a visualização de trabalhos dos alunos, de pesquisas, de atividades realizadas no ambiente virtual de aprendizagem (um fórum previamente realizado, por exemplo). Podem ser mostrados jornais on-line, com notícias relacionadas com o assunto que está sendo tratado em classe. Os alunos podem contribuir com suas próprias pesquisas on-line. Há um campo de possibilidades didáticas até agora pouco desenvolvidas, mesmo nas salas que detêm esses equipamentos.
Essa infra-estrutura deve estar a serviço de mudanças na postura do professor, passando de ser uma “babá”, de dar tudo pronto, mastigado, para ajudá-lo, de um lado, na organização do caos informativo, na gestão das contradições dos valores e visões de mundo, enquanto, do outro lado, o professor provoca o aluno, o “desorganiza”, o desinstala, o estimula a mudanças, a não permanecer acomodado na primeira síntese.
Do ponto de vista metodológico o professor precisa aprender a equilibrar processos de organização e de “provocação” na sala de aula. Uma das dimensões fundamentais do educar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de informações que temos, organizar numa síntese coerente (mesmo que momentânea) das informações dentro de uma área de conhecimento. Compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar. Uma segunda dimensão pedagógica procura questionar essa compreensão, criar uma tensão para superá-la, para modificá-la, para avançar para novas sínteses, novos momentos e formas de compreensão. Para isso o professor precisa questionar, tensionar, provocar o nível da compreensão existente.
Predomina a organização no planejamento didático quando o professor trabalha com esquemas, aulas expositivas, apostilas, avaliação tradicional. O professor que dá tudo mastigado para o aluno, de um lado facilita a compreensão; mas, por outro, transfere para o aluno, como um pacote pronto, o nível de conhecimento de mundo que ele tem.
Predomina a “desorganização” no planejamento didático quando o professor trabalha encima de experiências, projetos, novos olhares de terceiros: artistas, escritores...
Em qualquer área de conhecimento podemos transitar entre a organização da aprendizagem e a busca de novos desafios, sínteses. Há atividades que facilitam a organização e outras a superação. O relato de experiências diferentes das do grupo, uma entrevista polêmica podem desencadear novas questões, expectativas, desejos. Mas também há relatos de experiências ou entrevistas que servem para confirmar nossas idéias, nossas sínteses, para reforçar o que já conhecemos.
Por exemplo, na utilização do vídeo na escola, vejo dois momentos ou focos que podem alternar-se e combinar-se equilibradamente:
1)     Quando o vídeo provoca, sacode, provoca inquietação e  serve como abertura para um tema, como uma sacudida para a nossa inércia. Ele age como tensionador, na busca de novos posicionamentos, olhares, sentimentos, idéias e valores. O contato de professores e alunos com bons filmes, poesias, contos, romances, histórias, pinturas alimenta o questionamento de pontos de vista formados, abre novas perspectivas de interpretação, de olhar, de perceber, sentir e de avaliar com mais profundidade.
2)    Quando o vídeo serve para confirmar uma teoria, uma síntese, um olhar específico com o qual já estamos trabalhando. É o vídeo que ilustra, amplia, exemplifica.
O vídeo e as outras tecnologias tanto podem ser utilizados para organizar como para desorganizar o conhecimento. Depende de como e quando os utilizamos.
Educar um processo dialético, quando bem realizado, mas que, em muitas situações concretas, se vê diluído pelo peso da organização, da massificação, da burocratização, da “rotinização”, que freia o impulso questionador, superador, inovador.
Um dia todas as salas de aula estarão conectadas às redes de comunicação instantânea. Como isso ainda está distante, é importante que cada professor programe em uma de suas primeiras aulas uma visita com os alunos ao “laboratório de informática”, a uma sala de aula com micros suficientes conectados à Internet. Nessa aula (uma ou duas) o professor pode orientá-los a fazer pesquisa na Internet, a encontrar os materiais mais significativos para a área de conhecimento que ele vai trabalhar com os alunos; a que aprendam a distinguir informações relevantes de informações sem referência. Ensinar a pesquisar na WEB ajuda muito aos alunos na realização de atividades virtuais depois, a sentir-se seguros na pesquisa individual e grupal.
Outra atividade importante nesse momento é a capacitação para o uso das tecnologias necessárias para acompanhar o curso em seus momentos virtuais: conhecer a plataforma virtual, as ferramentas, como se coloca material, como se enviam atividades, como se participa num fórum, num chat, tirar dúvidas técnicas. Esse contato com o laboratório é fundamental porque há alunos pouco familiarizados com essas novas tecnologias e para que todos tenham uma informação comum sobre as ferramentas, sobre como pesquisar e sobre os materiais virtuais do curso.
Tudo isto pressupõe que os professores foram capacitados antes para fazer esse trabalho didático com os alunos no laboratório e nos ambientes virtuais de aprendizagem (o que muitas vezes não acontece).
Quando temos um curso parcialmente presencial podemos organizar os encontros ao vivo como pontuadores de momentos marcantes. Primeiro, nos encontramos fisicamente para facilitar o conhecimento mútuo de professores e alunos. Ao vivo é muito mais fácil que a distância e confiamos mais rapidamente ao estar ao lado da pessoa como um todo, ao vê-la, ouvi-la, senti-la. Depois, é mais fácil explicar e organizar o processo de aprendizagem, esclarecer, tirar dúvidas, organizar grupos, discutir propostas. É muito mais fácil também aprender a utilizar os ambientes tecnológicos da educação on-line. Podemos ir a um laboratório e nivelar os alunos, os que sabem se sentam junto com os que sabem menos e todos aprendem juntos. No presencial também é mais fácil motivar os alunos, atender às demandas específicas, fazer os ajustes necessários no programa.
O foco do curso deve ser o desenvolvimento de pesquisa, fazer do aluno um parceiro-pesquisador. Pesquisar de todas as formas, utilizando todas as mídias, todas as fontes, todas as formas de interação. Pesquisar às vezes todos juntos, outras em pequenos grupos, outras individualmente. Pesquisar às vezes na escola; outras, em outros espaços e tempos. Combinar pesquisa presencial e virtual. Comunicar os resultados da pesquisa para todos e para o professor. Relacionar os resultados compará-los, contextualizá-los, aprofundá-los, sintetizá-los.
Mais tarde, depois de uma primeira etapa de aprendizagem on-line, a volta ao presencial adquire outra dimensão. É um reencontro tanto intelectual como afetivo. Já nos conhecemos, mas fortalecemos esses vínculos; trocamos experiências, vivências, pesquisas. Aprendemos juntos, tiramos dúvidas coletivas, avaliamos o processo virtual. Fazemos novos ajustes. Explicamos o que acontecerá na próxima etapa e motivamos os alunos para que continuem pesquisando, se encontrando virtualmente, contribuindo.
Os próximos encontros presenciais já devem trazer maiores contribuições dos alunos, dos resultados de pesquisas, de projetos, de solução de problemas, entre outras formas de avaliação.
3. A utilização de ambientes virtuais de aprendizagem
Os alunos já se conhecem, já tem as informações básicas de como pesquisar e de como utilizar os ambientes virtuais de aprendizagem. Agora já podem iniciar a parte a distância do curso, combinando momentos em sala de aula com atividades de pesquisa, comunicação e produção a distância, individuais, em pequenos grupos e todos juntos.
O professor precisa hoje adquirir a competência da gestão dos tempos a distância combinado com o presencial. O que vale a pena fazer pela Internet que ajuda a melhorar a aprendizagem, que mantém a motivação, que traz novas experiências para a classe, que enriquece o repertório do grupo.
Os ambientes virtuais aqui complementam o que fazemos em sala de aula. O professor e os alunos são “liberados” de algumas aulas presenciais e precisam aprender a gerenciar classes virtuais, a organizar atividades que se encaixem em cada momento do processo e que dialoguem e complementem o que estamos fazendo na sala de aula e no laboratório. Começamos algumas atividades na sala de aula: informações básicas de um tema, organização de grupos, explicitar os objetivos da pesquisa, tirar as dúvidas iniciais. Depois vamos para a Internet e orientamos e acompanhamos as pesquisas que os alunos realizam individualmente ou em pequenos grupos. Pedimos que os alunos coloquem os resultados em uma página, um portfólio ou que nos as enviem virtualmente, dependendo da orientação dada. Colocamos um tema relevante para discussão no fórum ou numa lista e procuramos acompanhá-la sem sermos centralizadores nem omissos. Os alunos se posicionam primeiro e, depois, fazemos alguns comentários mais gerais, incentivamos, reorientamos algum tema que pareça prioritário, fazemos sínteses provisórias do andamento das discussões ou pedimos que alguns alunos o façam.
Podemos convidar um colega, um pesquisador ou um especialista para um debate com os alunos num chat, realizando uma entrevista a distância, atuando como mediadores. Os alunos gostam de participar deste tipo de atividade.
Nós mesmos, professores, podemos marcar alguns tempos de atendimento semanais, se o acharmos conveniente, para tirar dúvidas on-line, para atender grupos, acompanhar o que está sendo feito pelos alunos. Sempre que possível incentivaremos os alunos a que criem seu portfólio, seu espaço virtual de aprendizagem próprio e que disponibilizem o acesso aos colegas, como forma de aprender colaborativamente.
Dependendo do número de horas virtuais, a integração com o presencial é mais fácil, Um tópico discutido no fórum pode ser aprofundado na volta à sala de aula, tornando mais claros os pontos de divergência que havia no virtual.
Creio que há três campos importantes para as atividades virtuais: o da pesquisa, o da comunicação e o da produção. Pesquisa individual de temas, experiências, projetos, textos. Comunicação, realizando debates off e on-line sobre esses temas e experiências pesquisados. Produção, divulgando os resultados no formato multimídia, hipertextual, “linkada” e publicando os resultados para os colegas e, eventualmente, para a comunidade externa ao curso.
A Internet favorece a construção colaborativa, o trabalho conjunto entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente. Podemos participar de uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma investigação sobre um problema de atualidade. O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância pela lista, fórum ou chat – pesquisar, comunicar-nos e divulgar as produções dos professores e dos alunos.
É fundamental hoje pensar o currículo de cada curso como um todo, e planejar o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual. A maior parte das disciplinas pode utilizar parcialmente atividades a distância. Algumas que exigem menos laboratório ou estar juntos fisicamente podem ter uma carga maior de atividades e tempo virtuais. A flexibilização de gestão de tempo, espaços e atividades é necessária, principalmente no ensino superior ainda tão engessado, burocratizado e confinado à monotonia da fala do professor num único espaço que é o da sala de aula.
Os cursos de formação, os de longa duração, como os de graduação, precisam ampliar o conceito de integração de reflexão e ação, teoria e prática, sem confinar essa integração somente ao estágio, no fim do curso. Todo o currículo pode ser pensando em inserir os alunos em ambientes próximos da realidade que ele estuda, para que possam sentir na prática o que aprendem na teoria e trazer experiências, cases, projetos do cotidiano para a sala de aula. Em algumas áreas, como administração, engenharia, parece mais fácil e evidente essa relação, mas é importante que aconteça em todos os cursos e em todas as etapas do processo de aprendizagem, levando em consideração as peculiaridades de cada um.
Se os alunos fazem pontes entre o que aprendem intelectualmente e as situações reais, experimentais, profissionais ligadas aos seus estudos, a aprendizagem será mais significativa, viva, enriquecedora. As universidades e os professores precisam organizar nos seus currículos e cursos atividades integradoras da prática com a teoria, do compreender com o vivenciar, o fazer e o refletir, de forma sistemática, presencial e virtualmente, em todas as áreas e ao longo de todo o curso.
A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório conectado em rede para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se ampliam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.
 É fundamental hoje planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo e as atividades de presença física em sala de aula e o tempo e as atividades de aprendizagem conectadas, a distância. Só assim avançaremos de verdade e poderemos falar de qualidade na educação e de uma nova didática.
Bibliografia
AZEVÊDO, Wilson. A vanguarda (tecnológica) do atraso (pedagógico): impressões de um educador online a partir do uso de ferramentas de courseware.  Disponível em  <www.aquifolium.com.br/educacional/artigos/vanguarda.html>. Acesso em: 18/01/2004.
BELLONI, Maria Luisa. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 1999.
LITWIN, Edith (org). Educação a distância; temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed, 2000.
LUCENA, Carlos & FUKS, Hugo. A educação na era da Internet. Rio de Janeiro: Clube do Futuro, 2000.  
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 15a ed. São Paulo: Papirus, 2008.
_____________________. Textos sobre Tecnologias e Comunicação in www.eca.usp.br/prof/moran
PALLOFF, Rena M. & PRATT, Keith. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço – Estratégias eficientes para salas de aula on-line. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
PETERS, Otto. Didática do ensino a distância. São Leopoldo, RS: Editora Unisinos, 2001.
SILVA, Marcos (Org.). Educação Online: teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Projeto Integrado de Aprendizagem



MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
PROINFO INTEGRADO
CURSO DE INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL

Secretaria Estadual de Educação - SEE/AL
Diretoria de Educação a Distância e Laboratório Tecnológico
Núcleo de Tecnologia Educacional - NTE - Maceió/AL
Escola Estadual Watson de Gusmão - Pólo




Projeto Integrado de Aprendizagem

A leitura na Era Digital:

Alfabetizando com Jogos On Line

 

 

Autora: Jane Cleide Santos

Professor Formador: Diran Araújo

 


1.  Introdução

Atualmente não podemos mais adiar o encontro com as tecnologias possíveis de aproveitamento didático, uma vez que os alunos, não falam outra língua. Em primeiro lugar devemos levar em conta a utilização da informática como instrumento de educação e a busca do conhecimento, e a maneira como as escolas vêm fornecendo o suporte necessário e consiste a inserção dos novos instrumentos educativos no cotidiano escolar.
Se a tecnologia está cada vez mais presente na vida e na escola, o professor precisa, em primeiro lugar, descobrir os efeitos pedagógicos de seu uso. O lugar ocupado pelas novas ferramentas de ensino modifica expressivamente o papel do professor, ele não pode mais ser apenas um transmissor de conteúdos, mais um mediador capaz de articular a interação do ensino, através dos meios tecnológicos.
O conhecimento precisa ser construído coletivamente nessa nova plataforma de acesso as informações, pela mediação efetiva do educador que percebe, antes de tudo, que a tecnologia é instrumento e não fim.
E por entender que a tecnologia é instrumento e não fim, é que o Projeto Alfabetizando com Jogos On Line, têm como objetivo norteador proporcionar a interação dos alunos com os computadores do laboratório de informática da escola e suas múltiplas facetas com o mundo virtual, utilizando os jogos educativos como uma ferramenta a mais no processo de alfabetização dos mesmos, pois entendo que a verdadeira função dos recursos tecnológicos é estarem a serviço das finalidades pedagógicas, porque estas é que são decisivas num projeto educativo. O Projeto terá como público alvo os alunos do 1º Ano do Ens. Fundamental.

2.     Justificativa

O Projeto, Alfabetizando com Jogos On Line, é uma alternativa que o professor alfabetizador pode e deve utilizar pra melhor integrar as novas tecnologias com a educação formal, oferecida pela escola.

 

        Visa integrar o processo alfabetizador com os jogos da ferramenta Edubar, trabalhando de uma forma lúdica, estimulando o Raciocínio Lógico, a criatividade e auxiliando as crianças no processo de construção do conhecimento, pois segundo Piaget (1998) acredita que os jogos são essenciais na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.

Tendo em vista que, o jogo na web, não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece os desenvolvimentos cognitivos, afetivos e principalmente a interação e o respeito pelos amigos.

 Objetivos:
Objetivo Geral:
        Proporcionar as crianças à oportunidade de ampliar seus conhecimentos através de jogos, e atividades lúdicas oferecidas pela web através da ferramenta Edubar.

Objetivos Específicos:

·  Adquirir novos conhecimentos, habilidades e pensamento lógico através dos diversos tipos de jogos educativos;

·      Comunicar, questionar, interagir com os outros alunos e ser parte de uma experiência social ampla em que a flexibilidade, a tolerância e que a disciplina são vital:
·         Conhecer e valorizar a si mesmo e aos demais, entendo as suas limitações.

Atividades Propostas

·         Aprender Alfabeto 
·         Jogo de Forca 
·         Jogo de ordenação de letras 
·         Desenho 
·         Jogo Simon Diz 
·         Tutor de Digitação 
·         Quebra-cabeça com letras, palavras, figuras
·         Jogo da memória com letras, palavras e desenhos.

3.     Recursos Necessários:

Laboratório de Informática em pleno funcionamento.

4.     Avaliação

Todos os alunos devem saber  o tema do projeto e  o que este significa, todos devem ter acesso aos diversos tipos de jogos propostos, e será avaliado pela participação, interação com os colegas e com o material da aula.

5.     Referências

hptt://webeduc.mec.gov.br


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Memorial - Introdução à educação Digital

Memorial 01

A primeira aula do curso Proinfo Introdução à Educação Digital aconteceu no dia 07-05-2011 na escola Watson de Gusmão na cidade de Delmiro Gouveia- Al. Iniciamos com a apresentação do Tutor Diran L. Araújo e dos alunos participantes.
O tutor por sua vez nos apresentou o curso, os objetivos específicos e gerais que norteiam o mesmo, o cronograma com as datas dos encontros que apreciado e discutido por todos foi aceito, bem como sua organização e sua metodologia.
A atividade inicial referente a unidade 01, consistiu na leitura do texto “Por que precisamos usar a tecnologia na Escola? - As relações entre a escola, a tecnologia e a sociedade” de Edla Ramos(2006). A partir da leitura do mesmo, propôs-se a elaboração de um texto individual, critico e reflexivo a ser digitado por cada participante e salvo em seu computador de estudo.
Compreendi que a escola por ser um espaço multifacetado e que orienta, organiza e dissemina o saber científico tende a reproduzir e/ou seguir o modelo econômico estabelecido pela sociedade, no entanto se faz necessário que não apenas acompanhe este desenvolvimento tecnológico ou caminhe lado a lado com ele, mas que fomente novos conhecimentos, se assim não for a escola não cumprirá a sua missão, ficará à margem da sociedade ou se tornará obsoleto.

Memorial 02

O segundo encontro ocorreu na quarta-feira, dia onze de março, dia marcado de comum acordo entre todos os cursistas participantes. Este momento foi bem mais interessante que a anterior pelo fato de que aprendemos a usar a barra de ferramentas EDUBAR que tem como objetivo subsidiar os professores com conteúdos, diversas atividade, e jogos educativos que servirão para dinamizar o processo ensino aprendizagem proporcionando aproveitá-las no cotidiano escolar. Ainda aprendemos a usar a ferramenta de busca de conteúdos educacionais, de produtividade e utilitários. O tutor informou que o Linux não se diferencia muito do windows, pois os softwares são basicamente os mesmos. A aula foi interessante e só não foi mais proveitosa por que a internete estava com problemas...

Memorial 03

Sábado 21 de maio de 2011, mais uma vez nos reunimos no Laboratório de Informática da Escola Estadual Watson, com o objetivo de iniciarmos o Módulo III.
Logo nos primeiros instantes percebemos que a internet não estava funcionando, fato este que impossibilita que as aulas possam fluir de modo satisfatório, este fato deixou a todos irritados e desapontados, e por esta razão nosso tutor Diran aproveitou para fazer uma revisão dos primeiros módulos e um dos conteúdos mais interessantes foi as orientações recebidas acerca da utilização correta do email.
Mesmo of-line o tutor nos mostrou como acessarmos o Blog do curso, como postar os comentários e efetuarmos o cadastro. Após o intervalo para o lanche – que sempre é muito bom- o problema com a internet já sido sanado e estava funcionando normalmente, neste momento então foi possível dá seguimento ao planejamento feito pelo tutor, que era a criação de um blog para cada cursista e nós cursistas seguindo a orientação do tutor aprendemos criar um Blog e cada um fez o seu.

Memorial 04

A unidade 04 aconteceu no dia 04 de junho às 8 horas, na escola Watson de Gusmão. Teve início com a apresentação dos objetivos da Unidade e do plano de trabalho proposto para aquele dia pelo tutor – Diran.
 Alguns colegas de curso tiveram dificuldades com as postagens das aulas anteriores, que logo foram sanadas pelo tutor e só então passamos aos conteúdos da unidade estudada.
A princípio foi feita uma breve comparação entre o editor de texto Word e o editor de texto Writer e ficou demonstrado que este nada deixa a desejar, navegamos pelo desktop do Linux Educacional e através do Menu Iniciar, nossa central de recursos do Linux Educacional, localizamos no Aplicativo Ferramentas de Produtividade, o Processador de Texto -BrOffice.org Writer e foi através da poesia “O Sonho”, da escritora Clarice Lispector que foi  digitado por nós, os cursistas, que passamos a nos familiarizar com a ferramenta BrOffice-Writer  (centralizar texto, alinhar texto à direita e à esquerda, aplicar negrito, itálico e sublinhado, realçar texto, alterar cor do texto e alterar o tipo e o tamanho da fonte), objetivo principal da Unidade.
Percebi que alguns colegas tiveram dificuldades de utilizar tais ferramentas, no entanto por serem muito parecidos com o Word, outros colegas e eu, não apresentamos nenhuma dificuldade. No momento seguinte, aprendemos a “salvar” e a “salvar como”, ressaltando a diferença existente entre ambas e quais os diferentes formatos que os arquivos (.odt, .doc, .rtf e .pdf) podem ser salvo e as suas diversas aplicabilidades, também aprendemos a localizar arquivos salvos no computador compreendendo que: os computadores do laboratório de informática possuem: professor, aluno1, aluno2 e aluno3, especificando que, arquivos salvos em um usuário, não ficarão disponíveis nos demais usuários, finalizamos então os conteúdos propostos no início da aula.
Com a conclusão do plano de atividades elaborado pelo tutor, o mesmo prosseguiu com os informes e tarefas que deverão ser executadas em casa, vejamos: atividade 4.1 – “Refletindo sobre leitura e escrita digital” da página 131 a 134, do guia do cursista, o memorial da Unidade 04, ambas devem estar postadas no blog do curso e do aluno, que os cursistas iniciem a montagem de seus projetos, cuja estrutura está disponível no blog curso, trazendo também no próximo encontro, um relatório das ideias contidas no projeto para socialização com os demais.
O tutor informou a inscrição do nosso curso no ambiente virtual de aprendizagem e-ProInfo que tem como objetivo o acompanhamento feito pelo MEC.

Memorial 05

O sexto encontro ocorreu no dia 18 de junho de 2011, o tutor nos orientou em relação as atividades planejadas para a aula do dia, logo em seguida realizamos a leitura do texto “O computador vai substituir o professor?”. Após a leitura destacamos algumas palavras que estavam relacionadas a ideia central do texto lido e a partir destas iniciamos uma discussão sobre o tema, a minha palavra foi MUDANÇA. No momento seguinte os trabalhos foram direcionados para o blog de cada cursista, pois teríamos que administrá-los postando novos conteúdos nos mesmos, tais como: pesquisar uma palavra referente aos projetos de cada um, pesquisar e abrir página do Wikipédia (pt.wikipedia.org), para depois criar link e adicionar ao blog, postamos também links de vídeos educativos pesquisados a partir do youtube e no final da aula o Tutor relacionou as atividades que seriam postadas no blog de cada cursista e no e-proinfo.

Memorial  06

Iniciamos nosso sétimo encontro, sábado 09/07, fazendo uma rápida reflexão acerca do encontro passado e logo em seguida passamos a discutir o tema da aula do dia: apresentação dos objetivos da Unidade 6, os diversos recursos disponíveis como ferramentas aplicadas a comunicação e a educação, como se dá a comunicação síncrona (emissor e receptor precisam estar conectados ao mesmo tempo para haver comunicação) e comunicação assíncrona (receptor e emissor não precisam estar conectados ao mesmo tempo para haver comunicação permanente e imediata interação) e logo nos conectamos com o ambiente virtual e-proinfo, onde todos nós cursistas conversarmos apenas pela ferramenta do bate - papo, utilizando os recursos disponíveis, durante 15 minutos não existindo a conversa por meio de fala. Outros ambientes virtuais que oferecem a ferramenta bate-papo também foram apresentados e também um dos maiores desafios que nós professores nos deparamos é com a linguagem utilizada pelos jovens ao utilizarem a ferramenta bate-papo.
Após o lanche, abriu se uma discussão sobre as redes sociais utilizadas no Brasil e no mundo, suas características, seus objetivos, suas utilidades, e os cuidados que devemos ter ao utilizá-las. Compreendemos que é uma necessidade participar das redes sociais, pois as pessoas de todo o mundo as utilizam para diversos fins: propagandas, vendas de produtos, encontro de amigos, relacionamentos amorosos... Aliados a tudo isso analisamos e discutimos  sobre etiqueta na net, a Netiqueta, e terminamos o nosso encontro com a postagem no fórum da Unidade 6 do ambiente virtual de aprendizagem e-proinfo: “Análise sobre Redes Sociais e Netiqueta”.

Memorial 07


O nosso oitavo encontro teve início com o tema “Slides Digitais na Escola”, o tutor nos apresentou os objetivos da unidade 07 e logo em seguida assistimos algumas apresentações de slides que fazem parte do material do curso e a sua importância deste recurso nas aulas do professor.
No momento seguinte, o tutor nos apresentou o BrOffice Impress, utilizado no Linux Educacional e o comparamos ao Power Point, utilizado do Microsofit Office do Sistema Operacional Windows, através do assistente de apresentações, conhecemos as diversas aparências dos slides, as barras de: comandos,  ferramentas e de formatação, as abas de ação, os layuot´s, os diversos tipos de animações e as páginas mestres.
Foi destinado a cada um de nós, montar a apresentação do Projeto Integrado de Aprendizagem, com os recursos do BrOffice Impress, e a inserção de imagens (pesquisadas no Google) que estejam relacionadas ao projeto. O encontro foi finalizado com o lembrete do tutor a todos os cursistas que estão com atividades pendentes a postá-las no ambiente virtual de aprendizagem e-Proinfo e a postagem do memorial da Unidade 7 no Blog do curso.
Memorial 08


O nosso 9º encontro teve início com a “Resolução de Problemas Eletrônicos”, da unidade anterior e logo em seguida passamos a organização da planilha eletrônica fizemos também uma comparação entre o software Power Point do Microsoft Office usado no sistema operacional Windows e o software Calc do BrOffice usado no sistema operacional Linux Educacional, que é o objeto do nosso estudo. Foi observado por todos os cursistas as facilidades que a planilha eletrônica nos oferece nas atividades executadas por nós professores.
O tutor nos informou que para executar diferentes tarefas, é necessário introduzir formulas pertinentes aos objetivos de cada planilha.
Concluímos nosso encontro e o tutor nos lembrando que o estudo das unidades referentes ao curso de 40 horas terminou, e que no próximo encontro cada cursista apresentará o seu Projeto de Aprendizagem.